domingo, 13 de novembro de 2011

Pesquisa sobre Medicamentos

            As informações postadas abaixo fazem parte de um conteúdo de química, direcionado a alunos do Ensino Médio. A Pesquisa sobre medicamentos foi baseada inicialmente em uma investigação sobre princípios ativos que encontramos em remédios vendidos em farmácias. Podemos encontrar os remédios originais, genéricos e similares. A diferença de preço foi um dos fatores que encontramos na nossa investigação. Porém este trabalho tem como iniciativa informar os alunos que é um direito do cidadão adquirir medicamentos com custos mais baixos, com o mesmo princípio ativo. É necessário verificar todos os componentes de um medicamento. 


               Um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância ativa, dosagem e forma farmacêutica e com a mesma indicação do medicamento original. Após o término do período de patente dos originais, são produzidos por indústrias, que vendem o medicamento por preços mais acessíveis, devido ao fato de não precisarem investir em pesquisas e refazer os estudos clínicos que dão cobertura aos efeitos colaterais, que são os custos de investigação e descoberta de novos medicamentos.


                A história dos medicamentos genéricos no Brasil teve início pelo então deputado federal Eduardo Jorge, em 1991, que apresentou o Projeto de Lei 2.022, que planejava remover marcas comerciais dos medicamentos.
                Em 1993, foi publicado por Itamar Franco o Decreto n° 793, de 5 de abril do mesmo ano, que tinha como ministro da saúde Jamil Haddad. Este decreto determinava a existência da denominação do componente ativo nas embalagens dos medicamentos em tamanho maior que a marca.      


           Em 1999, os medicamentos genéricos foram efetivamente introduzidos no Brasil, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, pelo então ministro da saúde José Serra através da Lei 9.787, de 10 de fevereiro do mesmo ano, autorizando a comercialização de medicamentos com patentes caducadas por qualquer laboratório, em embalagem padronizada com uma tarja amarela e um grande "G" de Genérico e os seguintes dizeres: Medicamento Genérico - Lei 9.787/99". extenso o nome do princípio ativo. São proibidos de apresentar marca, nome de referência ou nome fantasia (apenas o nome do princípio ativo pode ser comunicado). Tem preços em média 35% menores que os originais.
No País também existem genéricos classificados como substâncias sujeitas a controle especial.


Eduarda Caroline Kist
3 ºB/Ensino Médio



Medicamento similar é o medicamento autorizado a ser produzido após prazo da patente de fabricação do medicamento de referência ou inovador ter vencido, com o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração (injetável, oral, tópico etc), posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil ou órgão de federal responsável pela vigilância sanitária. Medicamentos similares são representados através de sua própria marca comercial, diferente dos medicamentos genéricos que são representados pelo princípio ativo. No Brasil esta classe de medicamentos é líder de mercado com 65% do total das vendas.
Segundo a Anvisa um similar é: aquele medicamento que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.
Seu registro só é liberado e publicado pela Anvisa mediante á apresentação dos testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa exigidos pelo Ministério da Saúde no cumprimento da Resolução RDC nº 72, de 7 de abril de 2004. No entanto, não é realizado o teste de bioequivalência. Este teste de bioequivalência garante a intercambialidade dos genéricos e devido a isto os medicamentos similares não são intercambiáveis.


            Um medicamento ético é aquele prescrito por um médico, que pela força da lei, não pode ter seu marketing voltado para à população em geral. Os éticos são controlados por tarjas vermelha e preta no Brasil e exigem apresentação de receita médica. A propaganda é voltada para publicações especializadas, focando apenas o médico, através de profissionais do marketing dos laboratórios farmacêuticos.

Felipe Sehn
3 ºB/Ensino Médio


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Medicamentos pesquisados:

Carvedilol (Emerson)ok
Cloridrato de paroxetina (Rafael)ok
Diclofenaco de potássio(Débora)
Fenoxemetilpencilina Potássica(Gustavo)ok
Maleato de dexclorfeniramina e betametasona(Felipe)ok
Paracetamol(Mozart)ok
Prednisona(Eduarda)
Tenoxicam(Leidi)
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Carvedilol (Emerson)


Carvedilol é um medicamento do grupo dos bloqueadores beta, utilizado principalmente no tratamento da hipertensão arterial e da insuficiência cardíaca congestivaleve a moderada. É comercializado pela Roche sob o nome Dilbloc ® em Portugal e Coreg ® no Brasil, assim como por vários outros laboratórios sob a forma de genéricos.
Trata-se de um bloqueador beta adrenérgico de 3ª geração. É um antagonista não-seletivo no enantiómeros S(-) dos receptores β-adrenérgicos e selectivo em ambos enantiómeros R(+) e S(-) do receptor α1. Além de bloquear os receptores adrenérgicos β1 e β2, exerce também um efeito antagonista no receptor α1, o que lhe confere o beneficio adicional de reduzir a tensão arterial, devido ao efeito vasodilatador que provoca este antagonismo. Metabólitos do Carvedilol produzem um potente efeito antioxidante. Apresenta ação quinidínica (atividade estabilizadora de membrana), muito devido à protecção que oferece contra certos Radicais livres. Carece de ASI (atividade simpatomimética intrínsica). Complementa a sua acção ainda com propriedades antiarrítmicas entre outras. É, por conseguinte, um antagonista neuro-hormonal de acção múltipla.
O fármaco é utilizado no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ehipertensão arterial sistêmica (HAS), complementando o tratamento convencional com IECAs e diuréticos, nomeadamente no tratamento da Fibrilhação ventricular.
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Cloridrato de paroxetina (Rafael)



Paroxetina ou cloridrato de paroxetina é o mais potente e seletivo ISRS antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina. Além dos transtornos depressivos a paroxetina tem sido empregada nos distúrbios em que, supostamente, há uma influência serotonérgica como no transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno do pânico.
A potência antidepressiva da paroxetina é equivalente ao dos antidepressivos tricíclicos com a vantagem de produzir menos efeitos colaterais, equivalendo-se também às demais medicações do mesmo grupo como a sertralina, a fluoxetina e afluvoxamina.
Estudos longitudinais de um ano sugerem que há um efeito preventivo de recaída da depressão proporcionado pela paroxetina. Nos idosos a paroxetina apresentou o mesmo desempenho das medicações equivalentes. No pânico mostrou-se tão potente quanto a cloamipramin. Durante o intervalo de um ano (tempo de duração do estudo em questão) a paroxetina não perdeu a eficácia como antidepressivo.
Outros transtornos em que tem se verificado a eficácia da paroxetina são: fobia social, tensão pré-menstrual e dor de cabeça crônica. Com a paroxetina há muito menos desistências do tratamento por causa dos efeitos colaterais, como ocorre com os antidepressivos tricíclicos. Reações colaterais perigosas são raras de acontecer com a paroxetina.

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Diclofenaco de potássio



CATAFLAM contém uma substância ativa chamada diclofenacde potássio. Estão disponíveis comprimidos revestidos com 50 mg de diclofenac de potássio. Os outros componentes são: sacarose, fosfato tricálcico, amido de milho, carboximetilamido sódico, sílica coloidal anidra, povidona K 30, estearato de magnésio.
Ele pertence a um grupo de medicamentos designados por anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), que são utilizados no tratamento da dor e da inflamação.
CATAFLAM pode ser utilizado para o tratamento de curta duração durante o período sintomático agudo das seguintes patologias:
- entorses, distensões ou outras lesões
- dor e edema após intervenção cirúrgica
- dores menstruais -crises de enxaqueca
NÃO utilize CATAFLAM sem consultar o seu médico assistente caso:
- tenha úlcera gástrica ou intestinal,
- tenha sofrido, anteriormente, uma reação alérgica após tomar medicamentos para tratar a inflamação ou a dor (por ex: diclofenaco, ácido acetilsalicílico
- seja alérgico ao diclofenaco ou a qualquer um dos outros componentes de CATAFLAMenunciado no início deste folheto,
- tenha hemorragia gastrointestinal, cujos sintomas podem incluir sangue nas fezes ou fezes negras,
- sofra de uma doença grave do fígado ou rins
- sofra de insuficiência cardíaca grave.
- se encontra nos últimos três meses de gravidez.
Investigação realizada em farmácias da comunidade
Nome do produto na caixa:
Valor vendido na farmácia:
Diclofenaco de Potássio:
Laboratório:
Original
Cataflam
R$ 23,04
50 mg
Novartis
Genérico
Diclofenaco de potássio
R$ 11,81
50 mg
Medley
Similar
Diclofenaco de potássio
R$ 5,83
50 mg
Cimed
Débora Sulzbacher
3°B


Aguardar postagem Débora
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Fenoxemetilpencilina Potássica



A fenoximetilpenicilina potássica (penicilina V) é o análogo fenoximetil da penicilina G. É quimicamente designada de ácido 3,3-dimetil-7-oxo-6(2-fenoxiacetamido)-4-tia-1- azabiciclo [3.2.0] heptano-2-carboxílico. É um antibiótico que exerce sua ação bactericida durante o estágio de multiplicação ativa dos microrganismos sensíveis. Atua por inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular. Não é ativa contra bactérias produtoras de penicilinase, as quais incluem muitas cepas de estafilococos. A droga exerce elevada atividade in vitro contra estafilococos (exceto as cepas produtoras de penicilinase), estreptococos (grupos A, C, G, H, L e M) e pneumococos. Outros microrganismos sensíveis à fenoximetilpenicilina potássica são: Corynebacterium diphtheriae, Bacillus anthracis, Clostridia, Actinomyces bovis, Streptobacillus moniliformis, Listeria monocytogenes, Leptospira e Neisseria gonorrhoeae. O Treponema pallidum é extremamente sensível à ação bactericida da fenoximetilpenicilina potássica.

Indicações
Indicado no tratamento de infecções leves a moderadas causadas por microrganismos sensíveis à fenoximetilpenicilina potássica. 
1. Infecções estreptocócicas leves a moderadas do trato respiratório superior, escarlatina e erisipela. 
2. Infecções pneumocócicas: infecções leves a moderadas do trato respiratório. 
3. Infecções estafilocócicas: infecções leves localizadas na pele e tecidos moles causadas por cepas sensíveis. 4. Fuso espiroquetose (gengivite e faringite de Vincent): infecções leves a moderadas da orofaringe. 
5. Profilaxia da endocardite bacteriana em pacientes com lesões cardíacas congênitas ou adquiridas, incluindo a doença reumática, que irão submeter-se a cirurgia dentária ou a procedimentos cirúrgicos no trato respiratório superior.

Fuso espiroquetose Contra-indicações de Pen-ve-oral
contra-indicado para pacientes com história de hipersensibilidade à penicilinas e/ou demais componentes da formulação. Não deve ser administrado a pacientes sensíveis à cefalosporinas.

Reações adversas / Efeitos colaterais 
Embora a incidência de reações às penicilinas orais ocorra em menor freqüência do que com a terapêutica injetável, deve-se lembrar que todas As formas de hipersensibilidade, incluindo choque anafilático fatal já foram descritas. As reações mais comuns às penicilinas orais são: náusea, Vômito, dor abdominal, diarréia e alteração da coloração da mucosa da língua. As reações de hipersensibilidade são: erupções cutâneas (dermatite Maculopapular à esfoliativa), urticária, reações semelhantes à doença do soro, edema de laringe e anafilaxia. Febre e eosinofilia podem ser as únicas Reações observadas. Anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia, neuropatia e nefropatia são reações infreqüentes e geralmente estão associadas a altas doses de penicilina injetável.


Investigação realizada em farmácias da comunidade.
Gustavo

Nome do produto na caixa
Valor vendido em farmácia
Fenoxemetilpencilina Potássica
Laboratório
Original
Pen-ve-oral
R$ 17,90
500.000 UI
Eurofarma
Genérico
Fenoxemetilpencilina Potássica
R$ 10,90
500.000 UI
LAB TEUTO BRASILEIRO S/A
Similar
Pencilin-V
R$ 9,00
500.000 UI
LAB TEUTO BRASILEIRO S/A

Gustavo Wehner
3ºB - Ensino Médio
10/12/2011


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Paracetamol

            Paracetamol  ou acetaminofeno é um fármaco com ropriedades analgésicas, mas sem propriedades anti-inflamatórias clinicamente significativas. Atua, impedindo a síntese das prostaglandinas, mediadores celulares pró-inflamatórios, responsáveis pelas várias manifestações da inflamação, como o aparecimento da dor. Esta substância tem também efeitos antipiréticos. É utilizado nas seguintes formas de apresentação: cápsulas, comprimidos, gotas, xaropes e injetáveis. Atualmente é um dos analgésicos mais utilizados, porém é altamente perigoso para o fígado devido ao seu alto potencial hepatotóxico, não devendo ser utilizadas mais que 4000 mg diárias (8 comprimidos de 500 mg).


Algumas recomendações:
Crianças com menos de 37 kg tem a dose limite diária em 80 mg/kg.  

Em indivíduos adultos pode ocorrer toxicidade em doses únicas de 10 - 15 g (20 a 30 comprimidos de 500mg) (150 - 250 mg/kg) e uma dose de 20 a 25 g (40 a 50 comprimidos de 500mg) pode levar a fatalidade.
            Faz parte da composição de uma série de medicamentos usados contra a constipação comum e sintomas de gripe. As doses recomendadas são bastante seguras, mas o seu baixo preço e a sua grande facilidade de aquisição pelos doentes têm provocado o aparecimento de alguns casos de sobredosagem, embora em pequeno número. Nas doses indicadas, o paracetamol não afeta a musosa gátrica, não altera acoagulação sanguínea e não causa nefropatias.
 Difere dos analgésicos opióides, porque não provoca euforia nem altera o estado de humor do doente. Da mesma forma que os antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), não causa problemas de dependência,tolerância e síndrome de abstinência.
            A origem das palavras acetaminofeno e paracetamol tem a ver com a nomenclatura usada em química orgânica: N-acetil-para-aminofenol e para-acetil-aminofenol.
            Desde 1993, a IUPAC recomenda para este composto o nome sistemático N-(4-hidroxifeniletanamida.
            É um pó cristalino branco ligeiramente solúvel na água, facilmente solúvel no álcool, muito pouco solúvel no cloreto de metileno e no éter.

Mecanismo de ação
            Durante muito tempo, acreditou-se que o mecanismo de ação do paracetamol era similar ao doácido acetilsalicílico (AAS), ou seja, atuava reduzindo a síntese das prostaglandinas, compostos relacionados com os processos febris e da dor, inibindo a ciclooxigenase (COX), uma enzima fundamental da casca do ácido  araquidônico.
            Todavia, há diferenças importantes entre os efeitos do ácido acetilsalicílico e o paracetamol. As prostaglandinas participam nos processos inflamatórios, mas o paracetamol não apresenta atividade antiinflamatória digna de registro. Além disso, a COX também participa na síntese de tromboxanos que favorecem a agregação plaquetária; o AAS tem efeito antiagregador plaquetário, mas o paracetamol não. Finalmente o AAS e outros AINEs são prejudiciais para a mucosa gástrica, onde as prostaglandinas desempenham um papel de proteção. Neste caso o paracetamol é bastante seguro.
            Enquanto o AAS atua como inibidor irreversível da COX e bloqueia diretamente o centro ativo da enzima, o paracetamol bloqueia indiretamente e este bloqueio é inútil na presença de peróxidos. Isto poder-se-ia explicar porque o paracetamol é eficaz no sistema nervoso central e nas células endoteliais, mas não atua sobre as plaquetas e células do sistema imunológico, porque possuem altos níveis de peróxidos.
            Swierkosz (2002) encontrou evidências de que o paracetamol inibe uma variante da enzima COX, que é diferente das variantes COX-1 e COX-2, denominada agora de Cox-3. Seu mecanismo exato de ação ainda não é totalmente conhecido em todos os seus detalhes.

Tabela contendo o nome comercial do paracetamol e dos respectivos países onde são encontrados
Medicamento
País onde é comercializado
Acetolit®
Acetofen®
Anatyl®
Brasil
Apracur Antifebril®
Argentina, Brasil
Atralidon®
Causalon®
Argentina
Ben-u-ron®
Cefabrina®
Brasil
Cetafrin®
Brasil
Dafalgan®
Dorfen®
Brasil
Panadol®
Argentina, Bélgica, CanadáChile, Espanha, Estados Unidos da AméricaFinlândia, França, Grécia,Holanda, Hong Kong, Hungria, IrlandaItáliaMalásiaMéxicoNova ZelândiaPortugalReino Unido,Singapura, Suíça, Tailândia
Panasorbe®
Supofen®
Tylenol®
África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos da América, França, Hong Kong, Índia, Malásia, Portugal,


No Brasil
            No Brasil o Paracetamol é vendido de diversas formas, não há grande diferença de preço entre original, similar ou genérico. Abaixo segue uma tabela que mostra a concentração e o fabricante de cada tipo de Paracetamol além do preço de comercialização em São Paulo.

Medicamento
Apresentação
Fabricante
Substância Ativa
PMC
4,39
6,01
66,87
4,83
83,40
60,85
9,88
5,41
110,96
75,00
8,76
31,82
69,55
6,36
15,79
13,44
173,74
15,45
8,54
13,42
108,78
190,59
87,75


Aluno: Mozart Jandrey
Fontes  de pesquisa:
www.wikipedia.com
 www.saopaulomedicamentos.com.br
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Tenoxicam(Leidi)

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